Informação, Dados e Tecnologia

Guilherme Ataíde Dias

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | guilhermeataide@ccsa.ufpb.br | https://orcid.org/0000-0001-6576-0017 | https://lattes.cnpq.br/9553707435669429

Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB Campus II (1990), Bacharel em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPE (2010), Mestre em Organization & Management pela Central Connecticut State University – CCSU (1995), Doutor em Ciência da Informação (Ciências da Comunicação) pela Universidade de São Paulo – USP (2003) e Pós-Doutor pela UNESP (2011). Atualmente é professor Associado III na Universidade Federal da Paraíba, lotado no Departamento de Ciência da Informação. Está envolvido com a Pós-Graduação através do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e Programa de Pós-Graduação em Administração, ambos da UFPB. Tem interesse de pesquisa nas seguintes temáticas: Representação do Conhecimento; Arquitetura da Informação; Segurança da Informação; Tecnologias da Informação e Comunicação; Informação em Saúde; Redes Sociais; Software Livre; Direito, Ética e Propriedade Intelectual no Ciberespaço; Gestão de Dados Científicos; Informação Jurídica; Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq.

Moisés Lima Dutra

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | moises.dutra@ufsc.br | https://orcid.org/0000-0003-1000-5553 | https://lattes.cnpq.br/1973469817655034

Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ciência da Informação. Doutor em Computação pela Universidade de Lyon 1, França (2009). Mestre em Engenharia Elétrica, subárea Automação e Sistemas (2005) e Bacharel em Computação (1998) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Suas atuais linhas de pesquisa estão relacionadas a Inteligência Artificial Aplicada (Machine Learning, Deep Learning, Web Semântica, Linked Data) e a Data Science (Text Mining, Big Data, IoT). Está vinculado ao grupo de pesquisa ITI-RG (Inteligência, Tecnologia e Informação - Research Group).

Fábio Mosso Moreira

Universidade Estadual Paulista (UNESP) | fabio.moreira@unesp.br | https://orcid.org/0000-0002-9582-4218 | https://lattes.cnpq.br/1614493890723021

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências e Engenharia (UNESP/Tupã). Mestrado concluído em Ciência da Informação - Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP/Marília). Doutorado em andamento Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP/Marília). Atua como membro do Grupo de Pesquisa Novas Tecnologias em Informação - GPNTI (UNESP/Marília) e Grupo de Pesquisa Tecnologia de Acesso a Dados -GPTAD (UNESP / Tupã). Editor de Conteúdo da Revista Eletrônica Competências Digitais para Agricultura Familiar (RECoDAF). Possui Habilidade Profissional Técnica em Informática pela ETEC Massuyuki Kawano - Centro Paula Souza de Tupã. Tem experiência profissional na área de Sistemas de Informação ERP para Operações de Logística. Atualmente realiza pesquisas com foco na investigação de temas ligados à utilização de recursos digitais para a disponibilização e acesso a dados governamentais de Políticas Públicas no âmbito dos pequenos produtores.

Fernando de Assis Rodrigues

Universidade Federal do Pará (UFPA) | fernando@rodrigues.pro.br | https://orcid.org/0000-0001-9634-1202 | https://lattes.cnpq.br/5556499513805582

Professor Adjunto no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, lotado na Faculdade de Arquivologia da Universidade Federal do Pará. Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela UNESP - Universidade Estadual Paulista. Especialista em Sistemas para Internet pela UNIVEM - Centro Universitário Eurípides de Marília. Bacharel em Sistemas de Informação pela USC - Universidade do Sagrado Coração. Membro dos grupos de pesquisa GPNTI - Novas Tecnologias em Informação e GPTAD - Tecnologias de Acesso a Dados (UNESP), GPIDT - Informação, Dados e Tecnologia (USP) e GPDM - Dados e Metadados (UFSCar). Editor do periódico RECoDAF - Revista Eletrônica Competências Digitas para a Agricultura Familiar. Atua nas áreas da Ciência da Informação e da Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, Bancos de Dados, Tecnologia de Informação e Comunicação e Ambientes Informacionais Digitais, focado principalmente nos seguintes temas: Coleta de Dados, Dados, Acesso a Dados, Serviços de Redes Sociais Online, Linked Data, Linked Open Data, Metadados, Internet Applications, Linguagens de Programação, Banco de Dados e Bases de Dados, Privacidade, Governo eletrônico, Open Government Data e Transparência Pública.

Ricardo César Gonçalves Sant'Ana

Universidade Estadual Paulista (UNESP) | ricardo.santana@unesp.br | https://orcid.org/0000-0003-1387-4519 | https://lattes.cnpq.br/1022660730972320

Professor Associado da Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Ciências e Engenharias - FCE, Campus de Tupã, em regime de dedicação exclusiva, onde é Presidente da Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos cursos de Graduação - CAACG, Coordenador Local do Centro de Estudos e Práticas Pedagógicas - CENEPP e Ouvidor Local. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília. Graduado em Matemática e Pedagogia, Mestrado em Ciência da Informação (2002), Doutorado em Ciência da Informação (2008) e Livre-Docente em Sistemas de Informações Gerenciais pela UNESP (2017). Possui especializações em Orientação à Objetos (1996) e Gestão de Sistemas de Informação (1998). Parecerista ad hoc de periódicos e de agências de fomento. Lider do Grupo de Pesquisa - Tecnologias de Acesso a Dados (GPTAD) e membro do Grupo de Pesquisa - Novas Tecnologias em Informação GPNTI. Tem experiência na área de Ciência da Computação, atualmente realiza pesquisas com foco em: ciência da informação e tecnologia da informação, investigando temas ligados ao Ciclo de Vida dos Dados, Transparência e ao Fluxo Informacional em Cadeias Produtivas. Atuou como professor na Faccat Faculdade de Ciências Contábeis e Administração de Tupã, onde coordenou curso de Administração com Habilitação em Análise de Sistemas por dez anos e o curso de Licenciatura em Computação. Atuou no setor privado como consultor, integrador e pesquisador de novas tecnologias informacionais de 1988 a 2004.


Organizadores

Guilherme Ataíde Dias

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | guilhermeataide@ccsa.ufpb.br | https://orcid.org/0000-0001-6576-0017 | https://lattes.cnpq.br/9553707435669429

Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB Campus II (1990), Bacharel em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPE (2010), Mestre em Organization & Management pela Central Connecticut State University – CCSU (1995), Doutor em Ciência da Informação (Ciências da Comunicação) pela Universidade de São Paulo – USP (2003) e Pós-Doutor pela UNESP (2011). Atualmente é professor Associado III na Universidade Federal da Paraíba, lotado no Departamento de Ciência da Informação. Está envolvido com a Pós-Graduação através do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e Programa de Pós-Graduação em Administração, ambos da UFPB. Tem interesse de pesquisa nas seguintes temáticas: Representação do Conhecimento; Arquitetura da Informação; Segurança da Informação; Tecnologias da Informação e Comunicação; Informação em Saúde; Redes Sociais; Software Livre; Direito, Ética e Propriedade Intelectual no Ciberespaço; Gestão de Dados Científicos; Informação Jurídica; Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq.

Moisés Lima Dutra

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | moises.dutra@ufsc.br | https://orcid.org/0000-0003-1000-5553 | https://lattes.cnpq.br/1973469817655034

Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Ciência da Informação. Doutor em Computação pela Universidade de Lyon 1, França (2009). Mestre em Engenharia Elétrica, subárea Automação e Sistemas (2005) e Bacharel em Computação (1998) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Suas atuais linhas de pesquisa estão relacionadas a Inteligência Artificial Aplicada (Machine Learning, Deep Learning, Web Semântica, Linked Data) e a Data Science (Text Mining, Big Data, IoT). Está vinculado ao grupo de pesquisa ITI-RG (Inteligência, Tecnologia e Informação - Research Group).

Fábio Mosso Moreira

Universidade Estadual Paulista (UNESP) | fabio.moreira@unesp.br | https://orcid.org/0000-0002-9582-4218 | https://lattes.cnpq.br/1614493890723021

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências e Engenharia (UNESP/Tupã). Mestrado concluído em Ciência da Informação - Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP/Marília). Doutorado em andamento Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - Faculdade de Filosofia e Ciências (UNESP/Marília). Atua como membro do Grupo de Pesquisa Novas Tecnologias em Informação - GPNTI (UNESP/Marília) e Grupo de Pesquisa Tecnologia de Acesso a Dados -GPTAD (UNESP / Tupã). Editor de Conteúdo da Revista Eletrônica Competências Digitais para Agricultura Familiar (RECoDAF). Possui Habilidade Profissional Técnica em Informática pela ETEC Massuyuki Kawano - Centro Paula Souza de Tupã. Tem experiência profissional na área de Sistemas de Informação ERP para Operações de Logística. Atualmente realiza pesquisas com foco na investigação de temas ligados à utilização de recursos digitais para a disponibilização e acesso a dados governamentais de Políticas Públicas no âmbito dos pequenos produtores.

Fernando de Assis Rodrigues

Universidade Federal do Pará (UFPA) | fernando@rodrigues.pro.br | https://orcid.org/0000-0001-9634-1202 | https://lattes.cnpq.br/5556499513805582

Professor Adjunto no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, lotado na Faculdade de Arquivologia da Universidade Federal do Pará. Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela UNESP - Universidade Estadual Paulista. Especialista em Sistemas para Internet pela UNIVEM - Centro Universitário Eurípides de Marília. Bacharel em Sistemas de Informação pela USC - Universidade do Sagrado Coração. Membro dos grupos de pesquisa GPNTI - Novas Tecnologias em Informação e GPTAD - Tecnologias de Acesso a Dados (UNESP), GPIDT - Informação, Dados e Tecnologia (USP) e GPDM - Dados e Metadados (UFSCar). Editor do periódico RECoDAF - Revista Eletrônica Competências Digitas para a Agricultura Familiar. Atua nas áreas da Ciência da Informação e da Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, Bancos de Dados, Tecnologia de Informação e Comunicação e Ambientes Informacionais Digitais, focado principalmente nos seguintes temas: Coleta de Dados, Dados, Acesso a Dados, Serviços de Redes Sociais Online, Linked Data, Linked Open Data, Metadados, Internet Applications, Linguagens de Programação, Banco de Dados e Bases de Dados, Privacidade, Governo eletrônico, Open Government Data e Transparência Pública.

Ricardo César Gonçalves Sant'Ana

Universidade Estadual Paulista (UNESP) | ricardo.santana@unesp.br | https://orcid.org/0000-0003-1387-4519 | https://lattes.cnpq.br/1022660730972320

Professor Associado da Universidade Estadual Paulista - UNESP, Faculdade de Ciências e Engenharias - FCE, Campus de Tupã, em regime de dedicação exclusiva, onde é Presidente da Comissão de Acompanhamento e Avaliação dos cursos de Graduação - CAACG, Coordenador Local do Centro de Estudos e Práticas Pedagógicas - CENEPP e Ouvidor Local. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília. Graduado em Matemática e Pedagogia, Mestrado em Ciência da Informação (2002), Doutorado em Ciência da Informação (2008) e Livre-Docente em Sistemas de Informações Gerenciais pela UNESP (2017). Possui especializações em Orientação à Objetos (1996) e Gestão de Sistemas de Informação (1998). Parecerista ad hoc de periódicos e de agências de fomento. Lider do Grupo de Pesquisa - Tecnologias de Acesso a Dados (GPTAD) e membro do Grupo de Pesquisa - Novas Tecnologias em Informação GPNTI. Tem experiência na área de Ciência da Computação, atualmente realiza pesquisas com foco em: ciência da informação e tecnologia da informação, investigando temas ligados ao Ciclo de Vida dos Dados, Transparência e ao Fluxo Informacional em Cadeias Produtivas. Atuou como professor na Faccat Faculdade de Ciências Contábeis e Administração de Tupã, onde coordenou curso de Administração com Habilitação em Análise de Sistemas por dez anos e o curso de Licenciatura em Computação. Atuou no setor privado como consultor, integrador e pesquisador de novas tecnologias informacionais de 1988 a 2004.


Dados de pesquisa e o profissional da informação

Páginas: 73 - 82

Autores

Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos

Universidade Estadual Paulista (UNESP) | placida@marilia.unesp.br | https://lattes.cnpq.br/7408791408049766

Livre-docente em Catalogação pela UNESP (2010), doutora em Letras - Semiótica e Lingüística Geral pela FFLCH/USP (1994), mestre em Ciência da Informação pela PUC de Campinas (1983) e bacharel em Biblioteconomia pela UNESP (1980). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da FFC/UNESP, na linha de pesquisa Informação e Tecnologia. Vice-Lider do Grupo de Pesquisa ? Novas Tecnologias em Informação (GP-NTI). Desenvolve suas pesquisas nas temáticas: Metadados, Catalogação e Tecnologias, Intersemiose Digital, Redes de Informação, Mapa do Conhecimento Humano. Pesquisadora CNPq, coordenadora do GT8 - Informação e Tecnologia, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação - Ancib (2013-2016). Editora da revista Informação & Tecnologia (Itec), membro do corpo editorial das revistas Brazilian Journal of Information Science: research trends e Revista Eletrônica Informação e Cognição. Parecerista ad hoc de agências de fomento e de periódicos científicos, participa como revisora e como membro de Comitês Científicos de periódicos científicos em Ciência da Informação no Brasil e no exterior. Membro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação ? ANCIB e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Ciência Cognitiva ? SBCC.

Transcrição do Vídeo

Eu quero agradecer imensamente a oportunidade de estar aqui, agradeço ao professor Guilherme, ao professor Moisés, ao professor Ricardo pela disponibilidade de me dar essa oportunidade, de falar um pouco sobre dados de pesquisa e o profissional da informação.

É um prazer enorme estar em João Pessoa, fiz uma viagem super longa, vim de Marília, moro lá do sertão de São Paulo e estou chegando aqui no nordeste lugar lindo, praia, tudo muito bom, e revendo amigos, porque descobrimos hoje que João Pessoa é o centro do mundo, pois estou revendo um monte de gente e amigos que faz muito tempo que eu não via.

Ao para comparar, antes de falar com vocês o que conversamos, eu tive a oportunidade de rever muitas coisas durante esse longo período que eu trabalhei na área de Ciência da Informação e com o curso de graduação em Biblioteconomia e na Pós-Graduação em Ciência da Informação.

Ao meu ver, todas as coisas que eu já havia falado, eu tive uma dificuldade em manter o foco no que no que eu ia querer falar aqui, porque eu revi muitos documentos, revi muitos dados, tive a oportunidade de jogar os dados que eu coletei no mestrado, numa época em que vocês não eram nem nascidos, quando eu terminei eu tinha uma quantidade de planilhas e resultados do meu mestrado, que foi com alunos de ensino médio, com 1.200 crianças e jovens, e mais uma parte da cidade, e eu tinha tudo isso guardado, e aí descartei.

Do meu doutorado também, muitos aqui também não eram nem nascidos quando eu fiz o doutorado, e esses dados todos estavam lá no meu escritório, e eu comecei a rever e pensar “puxa vida daria para fazer tanta coisa que eu não fiz com essas respostas”, com esses dados coletados já a mais de 20 30 anos, e aí descartei.

Se eu tivesse conhecimento sobre a gestão e gerenciamento de dados, provavelmente esses dados estariam disponíveis e poderiam ser analisados sobre um novo olhar. O olhar foi pro lixo mesmo, já joguei, fiz uma limpeza na minha estante. A ideia foi tentar focar no título proposto que é “Dados de pesquisa e o profissional da informação”.

O que são dados de pesquisa? Nessa minha faxina no escritório, eu descobri que os dados de pesquisa são aqueles dados que antecedem os resultados, e eles podem estar em diversas estruturas, documentos textuais, planilhas, cadernos de planilhas arquivos e fotos, eles podem estar em diversas estruturas e a partir deles serão geradas as publicações que nós profissionais da informação estamos acostumados a trabalhar, que são as teses, as dissertações, os artigos, as publicações em evento, que a gente acha que estão muito bem nisso.

Mas como vamos trabalhar com esse conjunto de recursos gerados antes da publicação? e aí esses dados podem ser do tipo observacionais, experimentais, simulações, dados compilados, dependendo do tipo da área do conhecimento onde o pesquisador vai estar atuando.

E eles tem uma característica muito em comum, eles são de difícil estrutura, organização e armazenamento. Então depende de alguém e de um planejamento para que esses dados sejam publicáveis, acessíveis e disponíveis.

E aí você me pergunta, o que você faz? Você tem um plano de gestão de dados? Não. Eu faço parte daquela turma que caiu na entrevista que o Guilherme fez la no questionário, eu fui parte dos descartados, eu recebi o questionário e faço parte dos descartados lá na primeira parte. Eu fiz também o do IBICT, mas eu também deve ter sido descartada.

Aí nós temos algumas perguntas que vem a mente dos pesquisadores? Nas nossas cabeças como pesquisadores ou iniciantes. As perguntas são: Quais dados coletar? Como descrevê-los? Como assegurar a qualidade? Como tornar acessíveis ao longo do tempo? Como fazer isso em público? Como escolher o repositório? Além de tornar os dados acessíveis eu ainda tenho que saber onde colocar. O que é um plano de gestão ou gerenciamento de dados?

Porque agora você entra em um lugar e a pessoa perguntam: e aí, você faz um plano de gestão de dados? A resposta ideal seria: não sei, não sei o que é isso, talvez ou faça?

Como devo fazer? quem deve fazer? existe modelo? existe alguém que faça para mim? Essas são as perguntas que popula a nossa cabeça enquanto pesquisadores e bibliotecários.

Então a pergunta mais importante é: QUEM PODERÁ NOS AJUDAR? [Chapolin Colorado]

Eu acho que o ideal seria ele. que tem tudo milimetricamente calculado, nós também temos tudo milimetricamente calculado, mas nós fazemos parte dos plano do profissional da Ciência da Informação, que também faz parte das Ciências Sociais e Humanas, por isso precisamos mesmo do Chapolin Colorado. Porque Nós somos uma área que desenvolve pesquisa sem dinheiro, consideradas pelas engenharias de fraca, e agora arrumaram um termo mais triste que é de small - alem de fraco é pequeno, que o método que usamos é o hipotético- dedutivo na maioria das vezes.

E agora a gente começa a trabalhar com dados, e a gente nem sabia trabalhar com dados, porque quando a gente levanta as hipóteses, lá no meio a gente fala assim “puxa vida daria para fazer um questionário”, e é lá no meio do projeto que a gente resolve isso. Aí acontece que a OLGA, vamos utilizar a OLGA que o Guilherme falou, a OLGA pega todos os pesquisadores, e nós temos uma OLGA em São Paulo chamada FAPESP, é uma super OLGA, porque essa OLGA diz assim ao pesquisador “ se você não tiver você não recebe dinheiro. Seja pouco ou seja muito. Você tem que fazer.

Então nós descobrimos, pressionados pela possibilidade de financiamento, que nós pesquisadores devemos construir um plano de gestão ou de gerenciamento de dados. Mas o que é isso?

Aí o que é bacana eu trouxe para vocês olharem aqui, no que é que diz o que é um plano de gestão de dados, um PGD. Devem ser apresentados duas páginas, onde você deve apontar como será a descrição dos dados, que padrão de metadados que você usa., quando ele é aplicado, quais as restrições legais e éticas, qual política de preservação e compartilhamento, como se dá a descrição dos mecanismos.

Você deve fazer isso em duas folhas antes de encaminhar o projeto de pesquisa. Aí quando a gente começa ler o que é um PGD, o pesquisador começa a descobrir que ele faz isso. Ele pode não fazer por escrito mas quando ele apresenta os passos metodológicos, os elementos que fazem partes dos materiais e métodos, provavelmente uma grande quantidade de resposta vão aparecer aqui.

Então o que o pesquisador tem que fazer? Tem que colocar no papel o que ele tem na cabeça que vai acontecendo durante o desenvolvimento da pesquisa. Ele vai ter que buscar conhecimento das áreas que já fazem isso com muita antecedência porque demanda muito recurso. Para receber recurso eu preciso dizer o que eu vou fazer.

Antes de qualquer coisa, nas outras áreas do conhecimento, das BIG, nós somos small, mas as BIG já tem uma certa experiência nisso e nós temos que aprender com isso e colocar por antecipação que caminho queremos na coleta, uso preservação e disponibilização dos dados. Então vamos fazer uma síntese do que nós fazemos, tornar palatável, escrever sobre como trabalharemos com os dados para uma criança de 6 anos, e você faz em duas páginas.

Você traz também condições para que isso seja transformado em um algoritmo, bem simples e fácil e cria possibilidade para gerar modelos conceituais dando condições para máquinas trabalharem.

Estávamos falando sobre dados de pesquisa, e o título diz dados de pesquisa e profissionais da informação. Aí eu falei, mas quem são profissionais da informação. Aí a gente tem um monte de ideias, são os jornalistas, bibliotecários, arquivistas.

Formos procurar oficialmente no Brasil quem são os profissionais da informação. na classificação brasileira de ocupações, nós temos as famílias ocupacionais, as ocupações e as famílias afinas.

Aí eu fiquei chocada quando descobri que existe uma família de profissões chamada profissional da informação. Está dentro do número 2612, e dentro de 2612 tem essas ocupações aqui como profissionais da informação: biblioteconomista, bibliógrafo, cientista de informação, consultor de informação, especialista, gerente e gestor da informação. Também tem documentarista, técnico de documentação, pesquisador de informação em rede. E nas famílias em fim nós temos os técnicos em biblioteconomia.

Cadê o museólogo? Cadê o jornalista? Não são considerados na nossa classificação com os profissionais da informação. Os profissionais da informação são esses.

A classificação brasileira de ocupações aconteceu em 2002, que é uma Lei que faça com que isso existe no MInistério do Trabalho. Em 2008 foi definida a família ocupacional aqui.

Diz no site que isso é atualizado anualmente, por adicionar, trocar ou complementar informações ou alterar os títulos e funções das atividades. A nossa não é mexida desde 2008, nunca foi alterada.

Aí, eu fui procurar, cadê o arquivista, e cadê o museólogo. Eles pertencessem a outra família ocupacional, a de número 2613. Eu continuei aqui e fui ver quais são as atividades que esse profissional da informação, na classificação de ocupação, tem com relação a dados: desenvolver base de dados, efetuar manutenção de base de dados, migrar dados, acessar base de dados, estudos cientométricos, bibliométricos e infométricos, coletar e analisar dados estatísticos.

Então está aí, diz que é para fazermos isso. Faz parte da categoria dos profissionais da informação onde estamos integrados, como bibliotecários, como cientistas da informação ou como documentados.

Isso chamou muita atenção porque não revela a ocupação do profissional da informação com clareza, e não teve nenhum movimento da área para ampliar as constributis que estão aqui.

Aí se tem o cientista da informação aí, o que estamos falando o que é a ciência da informação ao longo dos anos. Então fui procurar lá no meu escritório o que estamos falando sobre a ciência da informação. Ela tem uma natureza interdisciplinar, uma relação estreita com as tecnologias da informação, desde a sua instalação, ela participa ativamente na evolução da sociedade da informação, e trabalha na construção de uma ciência mista, e na proposta de métodos práticos para solucionar problemas práticos tanto a vida profissional da ciência da informação como da vida profissional de outras ciências que trabalham com a ciência da informação.

As principais interfaces são aquelas que a gente já conhece: museologia, arquivologia, biblioteconomia, comunicação, linguística, antropologia, computação, computação, administração, ciências cognitivas, sociologia, essas são as mais faladas.

E aí vem algumas perguntas novamente. Lembra que nós não encontramos um Chapolin para nos ajudar enquanto pesquisadores, talvez ele precisa atuar aqui de novo nas perguntas que estão presente na área da Ciência da Informação.

As bibliotecas enquanto instituição de referência na área da Ciência da Informação, elas estão respondendo às mudanças apresentadas no contexto das investigações científicas? As bibliotecas estão envolvidas no gerenciamento de dados? os bibliotecários estão aptos para atuar no contexto dos dados ou do quarto paradigma? Quais habilidades os bibliotecários podem trazer para esse contexto da gerência dos dados? O brasil forma bibliotecário de dados?

E aí ainda continuando nessa busca do que a gente vem falando para o pessoal que é formado na área da CI, eu tive algumas surpresas e uma das maiores foi que em 1995, eu apresentei um slide no COBID, e eu disse assim olha “precisamos abandonar a era dos dados, precisamos entrar na era da informação, precisamos gerar conhecimento.

E lá na época eu ainda usava um slide que dizia assim “nós tínhamos um combustível fóssil que era o petróleo e o combustível agora é a informação”. E hoje o professor Guilherme falou que não, que o combustível é o dado, então aí conversando com o professor Ricardo ele me corrigiu, não os dados são a energia, porque a energia não acaba, diferentemente do combustível fóssil como o petróleo.

Então nessa época em 1995 eu tive a ousadia de falar para abandonar os dados, porque na época trabalhávamos com documentos e a característica da área era o tratamento do documento, e nós tínhamos que pôr na cabeça dos formandos que tínhamos que sair da era do documento e entrar na era da informação.

Mas o dado era visto até então como uma coisa sem sentido, ela era um conjunto de coisas e essas coisas não tinham significado, era assim que a gente via em 1995.

Em 1999 eu tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que está na plateia que fez eu descobrir que os dados iam além dos conceitos apresentados na CI, que foi o professor Ricardo. O professor Ricardo me deu a oportunidade de conhecer a estrutura dos dados dentro de um contexto, e nesse sentido e caminhando muito hoje conversando com pessoas que fizeram parte deste evento e estão aqui na plateia, nós estamos tentando mapear os bibliotecários brasileiros que estão atuando nas atividades de coleta, tratamento, armazenamento, uso e reuso dos dados de pesquisa.

Então vocês tiveram a oportunidade de conhecer o professor Pedro, tem aqui o professor Guilherme que já apresentou dados de outros pesquisadores, o professor Ricardo que já está trabalhando com o conceito de ciclo de vida já há bastante tempo, e eu, e também tem o professor Marcelo da USP, e nós conseguimos construir um questionário para ser aplicado aos bibliotecários para mapear, da mesma forma como o professor Guilherme fez com os pesquisadores, a gente quer fazer com os bibliotecários para mapear o que está sendo feito na gestão dos dados.

Então veja, eu que em 1995 falava vamos abandonar os dados, agora eu falo por favor não abandone os dados, traga os dados para o presente, para nosso uso diário. Eu acho fantástico é a oportunidade que a gente tem de saber que as coisas são dinâmicas, e em 1999 depois que tive a oportunidade de conhecer o professor Ricardo, nós estamos no período do bug do milênio, e tudo o que a gente falava era o que vai ser, quem será o profissional da informação do século 21, e aí eu trouxe uma transparência que eu costumava apresentar dizendo assim, quem será o profissional da informação do século 21.

Eu coloquei em destaque as coisas que ainda são necessárias para o dia de hoje, quem é o profissional que vai trabalhar com a gestão de dados, é aquele que tem capacidade de comunicação, que consegue contextualizar os dados, viram a interferência do conhecimento do outro no compartilhamento? lembra que em 1995 eu disse para abandonar os dados e 1999 eu disse que tem que ter a capacidade de contextualizar os dados.

A oportunidade da troca, conhecimento é uma coisa que a gente multiplica conforme troca. Então eu tive a oportunidade de aprender que o profissional da informação trabalha com dados e deve contextualizar o dados nessa época, e ela está em constante evolução, ética e flexibilidade.

No começo dos anos 2000, eu tive a oportunidade de participar, aqui na Paraíba, de um evento sobre ética da informação, vocês devem lembrar disso, e aí nessa época eu tive a oportunidade de publicar o primeiro artigo sobre dados em 2002 na revista DataGramaZero. Então justamente com o professor Ricardo nós começamos a ver a importância dos dados em determinado contexto no ambiente da CI.

Nesse evento de ético, eu trouxe as 6 propostas de Calvino, o que a pessoa deveria considerar para o século 21, e aí eu trouxe essas proposta para o profissional da CI, porque era uma época em que a questão das tecnologias estava ficando muito forte na Ciência da Informação, e houve uma divisão, que eu sei que já não há hoje, em que defendem e os que odeiam a tecnologia, que era muito presente naquela época, ahora hoje não.

Naquela época era necessário manter uma leveza nos relacionamentos, era necessário perceber que as tecnologias impulsionaram um tempo em que a gente precisa fazer muito mais em menos tempo, era necessário uma exatidão sobre onde você quer chegar, e uma exatidão na contextualização dos dados disponíveis e nas informações disponíveis para que não houvesse conflito na forma e na abordagem.

Era preciso uma visibilidade, quando não há visibilidade nas formas de representação, é isso que a gente faz com nossos dados quando eles estão em nossos armários, eles não tem visibilidade nenhuma, eles não podem ser replicados e nem comparados, mas também nos mantém seguros, puxa quando eu vejo meus dados eu penso que porcaria eu tinha feito aqui, poderia ter feito diferente, mas eles não estão visíveis então eu corrijo e eu mesmo ajuste.

Então precisamos pensar multiplicar as formas de disponibilizar os dados. Por último, é preciso promover a consistência, garantir a integridade e a completude da consistência e no instanciamento dos dados. Isso falávamos no início dos anos 2000.

Mas em que contexto isso tudo acontece, onde nós vamos parar com essa questão dos dados, porque fomos parar no quarto paradigma, o que aconteceu na história da humanidade.

Então eu trouxe aqui as ondas significativas de evolução desde a revolução industrial, e nós podemos perceber que as ondas de evolução eram longas, agora são mais curtas e estão se interconectando. Existem modificações que estão ocorrendo ao mesmo tempo, e o quarto paradigma acontece aqui onde tudo está acontecendo, as redes, a biotecnologia, a sustentabilidade, muita coisa que depende do uso de dados.

Interessante é saber também com se dá a questão da presença, porque quanto mais a gente explica e mais simplifica, e cria modelos conceituais e tratamento de dados muito efetivo, mais a questão da presença vai se distanciando, quantos de vocês já recebeu uma ligação e tem a certeza que está conversando com uma pessoa.

Não é, é uma máquina, e eu defino sua voz, se vai ser homem ou mulher, e você fica respondendo achando que tem uma sujeito ali do lado. Tem, mas um sujeito não humano. Por que, as relações que se davam de modo presencial estão concorrendo para acontecerem de modo não presencial, a presença está sendo cada vez mais substituída por uma presença não humana.

Bom, onde é que nós entramos? Viram que eu disse que lá no meio da nossas ideias a gente tem um insight, ah vou fazer isso e ver o que acontece. Tem um bibliotecário que me ajudou muito nesse final de semana, eu falei pra ele fazer um levantamento para saber onde é que tem o termo “dado” nos periódicos da Ciência da INformação.

Na base de dados sucupira nós localizamos 72 títulos da Ciência da Informação, 20 estavam fora do ar e 52 nós consultamos para tentar identificar onde existe o termo dados nos artigos. E aí nós descobrimos que há uma incidência muita grande nos Estados Unidos, nas revistas qualis A1, e quando o termo dado foi usado na Ciência da Informação pela primeira vez: 1950 nos Estados Unidos, 1951 na Alemanha e no Brasil pela primeira vez em 1989 num artigo da área da Ciência da Informação.

Aqui nós temos as revistas que mais utilizam o termo dados em seus artigos e nos identificamos a revista Information Science e no Brasil é a revista Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia. E no Brasil em 1989 foi a revista Transinformação, foi o primeiro periódico no Brasil, sem considerar os que estavam fora do ar. A Transinformação é da PUC, e o primeiro curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação foi lá no IBICT e na PUC. Então em 1989 já falávamos de dados lá em determinado contexto.

Com todas essas informações eu trouxe essa figura que tem acompanhado muitas apresentações da Biblioteconomia e da Ciência da Informação e do profissional de dados, bibliotecário de dados, pesquisador de dados, que é um diagrama que mostra se o bibliotecaria se sente com competência e habilidade para oferecer uma pesquisa de dados de pesquisa.

E as perguntas são etapas de um ciclo de vida dos dados. E o bibliotecario se pergunta se é mesmo uma prioridade um serviço de dados de pesquisa, em que nível eu estou na participação dos dados, qual o nível de envolvimento de metadados, há um padrão de pesquisa, há regras para descoberta de dados pelos bibliotecários, em cada uma das etapas

A gente se encontra em um momento oportuno em que não há limites do que você pode e não pode fazer. Aquela habilidade da computação podem ser extrapoladas, o profissional da informação não precisa estar contido naqueles elementos apresentados ali pela tabela de classificação das profissões, ele pode ir além porque existe uma demanda social para isso.

Então nós estamos em um momento oportuno de re-aprender, re-equilibrar e re-inventar, em um momento em que é necessário aprender a partir do pensamento crítico, fazer a partir do pensamento criativo, e conviver a partir do pensamento colaborativo.

Não temos condições de trabalhar em equipes isoladas, de profissionais que são mais ou menos, nós temos que atuar com um envolvimento colaborativo. É preciso aprender a ser, ter habilidade para inventar e reinventar.

Ainda em 2000, eu dizia que tínhamos alguns desafios que acontecem até hoje. Em 2015 eu dizia, sabe as tecnologias, que tem uma parte que ama e outra que odeia, é uma favorecedora das rupturas, é uma garantia de possibilidades, as rupturas nos trazem possibilidades, e possibilidades que envolvem pessoas, dados, tecnologia, conceitos,concepções e a capacidade de reinvenção.

Aprender a aprender, a identificar o contexto, a utilizar instrumentos, é uma necessidade tanto do pesquisador quando do profissional da informação em compreender melhor os dados disponíveis.

Em 2015 continuamos trabalhando professor Ricardo e eu, e publicamos um texto falando sobre o conceito de dados, como uma unidade de contexto necessariamente relacionada a um determinado contexto e composto por entidade-atributo-valor. Ao conseguir sistematizar isso, conseguimos perceber a importância dos dados na Ciência da INformação, foi possível notar que temos que trabalhar com isso, temos que trazer a questão dos dados para a Ciência da Informação.

E em 2002, tínhamos muita dificuldade em fazer com que o profissional da informação aceitasse o papel dos dados dentro da Ciência da Informação, e tínhamos discussões bem acirradas entre o nosso próprio grupo de pesquisa.

Em 2013 o professor Ricardo organizou um evento que foi o precursor deste evento aqui, que foi o DTI lá em Marília, e a gente teve a oportunidade de fazer com que o professor Guilherme participasse e foi um evento muito legal, foi uma sementinha colocada aí.

Mas aí qual foi a nossa surpresa, foi quando um dos convidados, colega de grupo, disse eu não sei oq estou fazendo aqui porque eu não trabalho com dados. Por isso nós sofremos muito para instalar essa coisa dos dados na Ciência da Informação.

O que a gente tem pra hoje? Temos uma superposição de atividades,como esforços na coleta, na manutenção dos dados, e temos um grande problema na vulnerabilidade dos dados disponíveis, e isso precisa ser resol. Um profissional da informação como atuaria nesse contexto? E aí eu estou chamando de profissional da informação aquele lá do contexto da tabela ocupacional. Ele atuaria no apoio dos pesquisadores, no gerenciamento, compartilhamento, orientação, treinamento prático para elaboração do PGD, elaboração de citação de dados, como vincular com a publicação, etc.

Para isso nós temos algumas exigências e desafios. Aprender sobre os princípios da gestão dos dados de pesquisa, identificar problemas, firmar parcerias, preparar material para capacitação, favorecer a construção do conhecimento e estabelecer diretrizes de metadados, outro tema delicado ainda hoje, tanto para documentos, recursos como principalmente para os dados.

Aí nós temos uma exigência, que foi a fala apresentada pela bibliotecária Maria José, nós temos um desafio e uma exigência, que é formar profissional da informação com experiência na curadoria de dados de pesquisa, de forma com que os bibliotecários assumam novos papéis, porque às vezes o profissional ele quer fazer mas como se ele não teve a orientação.

Então eu trago como fazer, e o professor Guilherme disse para aprender Inglês. Aprendam Inglês, se está com a dúvida fazer a pós-graduação ou aprender Inglês, primeiro aprenda o InglÊs. Sabe por que? é uma informação de 2012, a Universidade de Edmond fez um curso para bibliotecários e pesquisadores, e nesse curso os tópicos abordados eram esses que a gente está debatendo agora no final de 2018.

Ah, mas eu não tenho condições de ir para a Universidade de Edmond, acesse seu computador e acesso o Mantra, que é muito legal e está na Internet, é um projeto velho, olha aqui, quem é esse sujeito, é um profissional da informação, é um membro da equipe que trabalha nos projetos de gestão de dados de pesquisa.

Aqui tem todos os módulos que você precisa, é de graça mas é inglês, e não tem nada em Português. Então nós temos um mundo de possibilidades em que o bibliotecario pode conquistar diversos papéis até mesmo de liderança, os bibliotecários e a biblioteca enquanto instituição pode ocupar um papel de liderança na orientação sobre projetos de gestão de dados.

E quais são os requisitos? são alfabetização e capacitação na manipulação dos dados, enfocando as habilidade de pensamento crítico, resolução de problemas, interpretar e avaliar dados, e conhecer padrões.

Para tudo isso se faz necessário uma parceria colaborativa entre os profissionais da informação e os pesquisadores. Aí eu trouxe para vocês a título de ilustração, a Boston Data Library, é uma das mais antigas do mundo, ela tem uma biblioteca de dados. Então não importa se é novo ou velho, importa o quanto você reinventa.

Por último eu trouxe um bibliotecario que diz que é preciso que a capacitação e alfabetização de dados tenha um lar, por que essa casa não pode ser a biblioteca? Muita gente não concorda mas ele diz que pode ser, e que depende do profissional e de como essa instituição pode ser reinventada.

Essas são as referências, e muito obrigado.


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